Goiás fomenta agricultura de baixo carbono
Cada técnico deverá implantar pelo menos uma Unidade de Referência Técnica (URT), para servir de base às demais
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Com o objetivo de levar a produtores rurais do Estado informações referentes ao Projeto ABC Cerrado, além de promover mobilização de produtores em relação à adesão ao projeto, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), parceiros na criação do ABC Cerrado, promovem entre os dias 24 de agosto a 18 de setembro os Seminários de Sensibilização do Projeto ABC Cerrado. No total, 15 municípios goianos receberão e participarão das palestras de apresentação do projeto.
Das temáticas tratadas, a programação inclui a apresentação do projeto, a desmistificação dos conceitos e a aplicabilidade das tecnologias de baixa emissão de carbono, além das vantagens e resultados dessa aplicação. Os seminários também auxiliarão na mobilização dos produtores rurais, dentro do perfil estabelecido.
Das tecnologias a serem apresentadas e adotadas futuramente, o seminário trará esclarecimentos referente ao sistema plantio direto, recuperação de pastagens degradadas, à integração lavoura-pecuária-floresta e às florestas plantadas; tecnologias estas propostas pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Após a realização dos seminários, o Senar Goiás será o responsável pela formação profissional dos produtores rurais do estado, bem como a capacitação de instrutores e técnicos de campo e a assistência técnica oferecida aos produtores, com foco nas quatro tecnologias citadas.
ABC Cerrado
Com recursos do Programa de Investimento em Florestas (FIP), administrados pelo Banco Mundial, o Projeto ABC Cerrado, parceria entre o Senar, o Mapa e a Embrapa, visa a produção sustentável em áreas já convertidas para uso agropecuário no bioma Cerrado. Em si, o objetivo é disseminar práticas de agricultura de baixa emissão de carbono e, além disso, fazer com que produtores rurais se sensibilizem e passem a investir em sua propriedade de forma a ter retorno econômico, mas sempre pensando na preservação ambiental.
O projeto, como um todo, estrutura-se em três etapas: a primeira refere-se aos seminários de sensibilização, os quais ocorrem em Goiás a partir deste mês. A segunda tem por base as capacitações, onde o Senar Goiás irá executar os cursos referentes às tecnologias do Plano ABC. Após a realização das capacitações, a terceira etapa caracteriza-se pela assistência técnica, onde os produtores que desejam implantar as tecnologias em sua propriedade terão assistência dos técnicos do Senar Goiás, capacitados pela Embrapa, durante um ano e meio.
Bioma Cerrado
Sete Estados brasileiros, cujos domínios encontram-se sob o bioma Cerrado, participam do projeto, sendo eles: Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí, Tocantins, além do Distrito Federal. Porém, apenas Goiás, Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso receberão a assistência técnica pelo período de um ano e meio. Do Senar Goiás, o técnico-adjunto Leonnardo Cruvinel ressalta que serão 15 técnicos atendendo em todo o Estado e cada um será responsável por 20 propriedades rurais. Além disso, cada técnico deverá implantar pelo menos uma Unidade de Referência Técnica (URT), para servir de base às demais, e realizar um dia de campo com base em uma das quatro tecnologias propostas.
“Fomentar uma produção mais sustentável é altamente importante, então, quando se trabalha com as quatro tecnologias há uma intensificação da produção com a diminuição de gases do efeito estufa, o que é o intuito do projeto: produzir cada vez mais e poluindo cada vez menos o meio ambiente e a emissão de gases, e não precisando abrir novas áreas. Além disso, melhorando a renda do produtor rural”, acrescenta Leonnardo.
A execução do projeto se estenderá até julho de 2017, quando se encerrará o recurso de US$ 10,62 milhões do Banco Mundial, após a data o Senar poderá definir e optar por dar continuidade ao projeto. No mesmo ano, relatórios contendo número de produtores atendidos, melhorias na produção e na redução na emissão de gases de efeito estufa, além dos índices alcançados, deverão ser apresentados ao Banco Mundial como espécie de contrapartida.
Municípios envolvidos
Os municípios envolvidos e os respectivos dias e meses em que haverá mobilização: 24/8 – Posse; 25/8 – Formosa; 25/8 – São João Aliança; 26/8 – Niquelândia; 27/08 – Porangatu; 28/8 – São Miguel do Araguaia; 9/9 – Cristalina; 10/9 – Catalão; 11/9 – Morrinhos; 14/9 – Itaberaí; 14/09 – Jussara; 15/9 – Caiapônia; 16/9 – Mineiros; 17/9 – Rio Verde; e 18/9 – Quirinópolis.
Fonte: Diário da Manhã - Wandell Seixas
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