PIB do artesanato goiano atinge R$ 1,5 bilhão
Segundo informações divulgadas pela Superintendência Executiva de Indústria e Comércio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), o Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia produtiva do artesanato atinge, anualmente, R$ 1,5 bilhão em Goiás. Número que corresponde a 3,6% do PIB da cadeia produtiva do artesanato no Brasil, que chega a R$ 54 bilhões.
De acordo com o superintendente Executivo de Micro e Pequenas Empresas da SED, Thiago Falbo, esse número, embora surpreendente, pode ser muitas vezes superior a esse valor, já que dentro dessa atividade, muita coisa ainda é feita na informalidade.
Com a finalidade de formalizar essa atividade em Goiás, o Programa do Artesanato Goiano (PAG), em parceria com a Secretaria Nacional da Micro e Pequena Empresa (SMPE), responsável pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), vem cadastrando artesãos em Goiás desde 2012.
Até o momento mais de 3000 artesãos já foram cadastrados no Estado. O cadastramento oferece a esses profissionais a possibilidade de participação em feiras de artesanato nacionais e internacionais, em oficinas e cursos de artesanato e, em alguns estados, como ocorre aqui em Goiás, o acesso a incentivos fiscais.
“Queremos crescer no ranking nacional e também aqui no Centro-Oeste,” afirma o superintendente Executivo de Indústria e Comércio da SED, Victor Hugo Marquez de Queiroz.
Desafios
De acordo com o gerente de Artesanato da Superintendência de Indústria e Comércio da SED, André Franco, um dos maiores desafios enfrentados pelo artesanato goiano refere-se aos gargalos de comercialização e logística enfrentados pelos artesãos. “Nós temos um Estado bastante extenso e os artesãos têm dificuldade em fazer com que suas peças possam circular e serem, consequentemente, comercializadas nas grandes feiras das grandes capitais”, explica ele. Segundo ele hoje o maior desafio enfrentado pelo programa é colocar a obra dos principais artesãos goianos nas principais feiras do Brasil e no mundo.
O artesão como empreendedor
Thiago Falbo acredita que apesar dos gargalos o artesanato goiano tem crescido a cada ano e que, até o final de 2015, o PAG estará trabalhando com, aproximadamente, quatro mil artesãos cadastrados em todo o Estado. Thiago explica que muitos artesãos sobrevivem desse trabalho e que por esse motivo, eles precisam ser tratados também como empreendedores. “Eles também movimentam a economia, produzem, vendem e garantem assim sua subsistência”.
Metas
Outra meta do PAG, em parceria com o governo federal, é levar o artesanato goiano para feiras fora do país. A Gerência do Artesanato da SED aguarda uma decisão da Secretaria de Micro e Pequena Empresa da Presidência da República para saber se vai participar, ainda neste ano, de uma feira em Milão, na Itália; ou de uma feira em Bogotá, na Colômbia.
Category:
0 comentários